segunda-feira, 19 de abril de 2010

PESTE NEGRA


Em Portugal a peste negra entrou em 1348. (...) Sabe-se que foi uma espécie de “praga-relâmpago”. Em alguns meses (...) matou mais de metade da população portuguesa, e depois desapareceu. E foi exactamente assim em toda a Europa.
Como os campos ficaram abandonados, seguiram-se grandes fomes e o País mergulhou numa grave crise.

Naquela época a medicina estava pouco desenvolvida, as pessoas pensavam que a peste era um castigo enviado por Deus. Portanto, para terminar com o flagelo, a Igreja aconselhava que todos rezassem muito e se arrependessem dos seus pecados. (...)
Os médicos, que naquela época tinham o nome de físicos, deram explicações mais racionais para a doença, mas nunca descobriram que a origem estava nas pulgas dos ratos.

Para evitarem o contágio, usavam um traje especial: uma túnica de tecido grosso e felpudo, que tinha um cheiro intenso. Além disso, punham luvas também grossas e uma espécie de máscara em forma de bico de pássaro, furada para poderem respirar. Enchiam essa massa com ervas aromáticas, ou seja, plantas de cheiro intenso também.
A única medida aconselhada pelos médicos que tinha alguma eficácia era a utilização de vinagre na limpeza do corpo e da casa, pois o cheiro ácido afastava os insectos e, de certo modo, o vinagre desinfecta.
Mas a maior parte dos tratamentos eram bastante ridículos e variavam de país para país. (...)

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, " O Ano da Peste Negra" (adaptado)

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Professora de História e Geografia de Portugal e de Língua Portuguesa na E.B. 2,3 Gaspar Correia