sexta-feira, 2 de julho de 2010


 

A Implantação da República

O DIA ANTES

Cena I (música clássica, palco escuro)

Cenário: Uma tela grande de pintor e um pequeno banco. Por detrás da tela, está uma personagem vestida de República mas coberta por pano branco).

Pintor:
(entra atarefado), Mas que trabalho difícil, me haviam de pedir!!! (começa a pintar) Dizem que tem de ser, mulher, alta e bonita …mas tem de ter algo de especial que eu não estou a conseguir demonstrar!!! Vou pedir ajuda a outros artistas, talvez em grupo se consiga fazer o melhor !!! (vai atrás da tela, tira a boina de pintor e pega nuns óculos e numa pena)

Liberdade de expressão!!! Escolaridade para todos!!! Deixem-nos escrever a realidade deste país. Com liberdade e instrução é fácil dar aqui uma ajuda…(dá uns retoques e sai) (volta a entrar com capacete de operário e martelo)

Alguém me pediu ajuda!!?? Mas, a trabalhar de noite e dia na fábrica, sem condições p´ra receber uns tostões, não me sobra tempo para nada!!! …(dá uns retoques e sai) (volta a entrar com chapéu de ceifeira)

Eu… venho do campo, trabalho de sol a sol faça chuva ou faça frio. Como querem que das minhas mãos enrugadas pela terra, saia algo de belo? De especial!? …(dá uns retoques e sai) (volta a entrar com coroa de Rei)

Artistas!!! Quem precisa de artistas para se fazer esta pintura??? Com umas pinceladas de opressão, censura, crise económica, humilhações e analfabetismo, penso que é fácil fazer este trabalho!!! Pronto já está!!! ( sai de cena)

(entra senhora vestida de monarquia)

(ao mesmo tempo sai a República por detrás da tela)

Senhora: Povo, povo!!! não suporto mais ouvi-los queixar!!!

República: Bom dia também para ti!!! Quem és tu???

Senhora: Então não se vê logo??? Sou a Monarquia!!! E tu quem és assim vestida???

República: Eu sou a República!!! Ainda não me conheces bem, porque ainda não estou pronta, mas foram os nobres e toda a corte que me ajudaram a aparecer!!!

Senhora: O que dizes???

República: Sim, vocês com as vossas festas, viagens, caçadas em Vila Viçosa e divertimento e o resto do País a morrer de fome, de pestes, sem saber ler nem escrever!!! Foram vocês que cederam aos interesses de estrangeiros e colocaram por terra o nome de Portugal…

Senhora: Não sabes o que dizes!!! Pois fica a saber que já em 31 de Janeiro de 1891 se deu a 1ª tentativa da implementação do teu nome, mas fracassou porque as tropas leais ao Rei derrotaram os revoltosos.

República: Aguarda e verás !!! Já estamos em 1910 e já falta pouco !!! ( Volta para trás da tela, enquanto a Monarquia sai do palco)

(Palco escurece, sai a tela e o banco)

Cena II

(Projecta-se a 1ª imagem - mulheres operárias) Voz off:

No final do século XIX, inicio do século XX, a população portuguesa estava descontente com a monarquia. O país atravessava uma crise económica desde o reinado de D. Carlos que era acusado de nada fazer para resolver a situação. Mais tarde e apesar das tentativas de mudança por parte do seu filho D Manuel II, essa situação continua a agravar-se. Operárias da fábrica da Abelheira de S. Julião do Tojal criticam as condições em que vivem .

(Entram as mulheres vestidas à época. Dançam e cantam)

As operárias da fábrica da Abelheira, de S. Julião do Tojal, vêm, pelo meio da povoação dançando e cantando o balancé criticando as condições em que vivem.

Ó balancé, balancé

Balancé da neve pura

Morte ao rei D. Manuel

Mai' lo senhor padre cura


 

Somos da Fábrica da Abelheira

De S. Julião do Tojal

Onde fabricamos papel

E ganhamos muito mal


 

( repete o refrão)


 

Trabalhamos doze horas

Pr' ós Ingleses, nossos patrões

Quase não sabemos ler

E recebemos uns tostões


 

( repete o refrão)


 

O palco escurece.


 

Cena III

Cenário: Mesa coberta da pano verde/vermelho com luzes de velas em cima

( Projecção da Farmácia)

Voz-off: Na vila de Loures, membros do partido republicano participavam em mais uma reunião secreta onde se conspirava contra a monarquia. Esse local de encontro era uma farmácia onde já se encontravam
o farmacêutico, Sr. Augusto Moreira Feio e o comerciante, Sr. Joaquim Augusto Dias.

Nesta reunião participavam:

Sr. Feio arruma cadeiras em volta da mesa e coloca as luzes.

2 – Tem aqui uma bela farmácia, amigo Feio.

1 – Como sabe, Dias, esta farmácia, pertenceu a Henrique Farinha, um notável da vila que tanto contribuiu para a instrução dos jovens e para espalhar as ideias republicanas.


 

Entretanto entra o padeiro.

7 – Boa noite meus senhores! Como vai Sr. Feio? E o meu amigo Dias, como vai de negócios?

2 – Oh Manuel, vão de mal a pior... cada vez se vende menos...

7 (olhando à volta) – Parece que não sou o último a chegar! Estava a ver que me atrasava pois ainda tive que ir buscar um carregamento de farinha para o pão que ainda vou cozer hoje quando sair daqui.

2 – Oh homem, pelo menos de pão todos precisam!

7 – Pois é, mas a vida está pela hora da morte e a maioria não tem dinheiro para comprar o pão de cada dia.

2 – Tem razão, tem razão... Veja o caso do nosso concelho que envia por dia milhares de litros de leite para Lisboa, quinhentas toneladas de azeite por ano, mil toneladas de trigo, três mil de cebolas, quinze mil litros de vinho e o nosso povo... e o nosso povo continua a viver na miséria!

1 (entusiasmado) – Mais uma razão para acabarmos com a monarquia e substituí-la por uma república!

Batem à porta. Entram mais dois republicanos: o regedor, José Paulo de Oliveira e o escrivão das finanças, José Joaquim Veiga.

O farmacêutico sai de trás da mesa para os acolher.

1 – Seja bem-vindo Sr. Regedor Oliveira! Muito trabalho? E o Sr. escrivão Veiga, o seu atraso hoje tem a ver com a cobrança dos impostos nas finanças? Não deixam o povo em paz?!

Gargalhada geral!

3 e 5 – Não brinque com o mal alheio...Em vez disso já começámos a preparar a revolução!

Entram os últimos republicanos esperados para essa noite: o relojoeiro, António Ascenso e o encarregado do sector operário da Câmara Municipal de Loures.

4 – Boa noite e mil desculpas pelo atraso. Acabámos de saber que Lisboa prepara o golpe já para o próximo dia 4 de Outubro.

6 - Temos que nos apressar. Não podemos perder tempo.

1 – Estávamos precisamente a falar da necessidade de acabar com a monarquia e com todos os seus males...

7 - A república é necessária, sobretudo para elevar a cultura do povo e acabar com o número incrível de analfabetos. E... e falta-nos a liberdade...

5 – É certo que quando sofre a liberdade sofre com ela a instrução.

3 – Por isso é que o partido republicano tem que se transformar em partido do governo, ou nunca mais recuperamos do atraso em que nos encontramos face aos outros povos da Europa.

6 – O povo deve eleger representantes seus e o proletariado tem necessidade de homens que defendam os seus interesses.

4 – Meus senhores, se não se podem alcançar lugares no Parlamento conquistem-se ao menos nos municípios.

2 – É bem verdade que o estado de decadência a que toda a sociedade chegou, nos leva a intervir nas lutas políticas.

7 – Terminamos por hoje? Voltamos a reunir amanhã, ou aguardamos a as instruções do partido republicano em Lisboa?

O farmacêutico dirige-se para uma bandeja com copos de vinho. Distribui pelos presentes enquanto responde:

1 – Amanhã tenho uma reunião do partido e depois vos contactarei. Meus amigos, bebamos à vitória da república.

TODOS – À vitória da República! Pela paz! Pela liberdade! Viva Portugal!

Saem todos. Apagam-se as luzes para mudança de cena.

(sai a mesa, entra relógio e calendário que marca 4 de Outubro de 1910)

Cena IV

Cena III- Nos Paços do Concelho / 4 de Outubro de 1910

(Projecção da Praça)

2 – (Erguendo o braço, levanta a voz) Hoje confiaram em nós e nomearam-nos para constituir a Junta Revolucionária nesta vila. Em nome da República, não podemos desiludir este povo de Loures.

1 – É tempo de agir!

7 – Acabemos com a miséria, a pobreza, a falta de trabalho, a fome, o analfabetismo, a mendicidade, a doença... que assaltam as paredes da existência de um povo abandonado à sua sorte!

6 – Pelo fim das injustiças de um poder centralizado nas mãos de um qualquer monarca que pouco conhece da situação real da população.

2 – Pela livre comunicação, pela saudável troca de opiniões, liberta de perseguições e de censura arrogantes, desmedidas e controladas.

5 – Morte ao excesso de impostos sobre aqueles que foram visitados pela pobreza, pela miséria, pelo abandono, pela ausência de direitos...

4 – Amigos, de Lisboa já sopram os ventos da revolução... (5)

3 – A calçada de Carriche está cortada e de madrugada ouviram-se o troar dos canhões. (1)

1 – A revolução não pode recuar… Para a frente com Lisboa! Avancemos e ocupemos desde já os paços do concelho.


 

TODOS gritando:
Vamos!

(Congelam)

O relógio marca três horas da tarde. O grupo encabeçado por Augusto Feio que transporta a bandeira, desce do palco, passa pela plateia e vai levando atrás de si "populares".

O grupo regressa ao palco e os "populares" ficam de pé, em baixo, junto do palco.

Feio entrega a Joaquim Dias a bandeira da República que a iça no mastro principal.

Augusto Feio dirige-se então à beira do palco e grita para a plateia:

1- Com os olhos da alma fitos na redenção desta querida pátria, aviltada pela decrépita e corrupta monarquia... proclamo a República no Concelho de Loures!

Voz Off – E foi assim, que em Loures, a República acabou por ser proclamada um dia antes de o ter sido em Lisboa onde os revolucionários que iniciaram a revolução só alcançaram a vitória no dia seguinte.

Todos:

VIVA LOURES!

VIVA A REPÚBLICA!

VIVA PORTUGAL!


 

No écran surge a bandeira portuguesa e todos cantam o hino nacional.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

Elenco:

Artista – Bárbara (Calças brancas, bata branca, boina preta, paleta de pintor e pincel) (Pena e óculos, Capacete, Chapéu de palha, chapéu de Rei)

Republica – Ana Sofia Cunha (Saia vermelha e blusa verde Lenço bandeira)

Monarquia – Carolina ( Vestido preto e branco, chapéu largo, bolsa preta)

Comerciante (2) – Guilherme (Calças escuras camisa branca e colete)

Farmacêutico (1) – Bruno Rosa ( Bata branca, calças escuras)

Regedor (3) – Bruno Vicente (Fato escuro e chapéu alto)

Padeiro (7) – Diogo (calças claras e camisa, Avental e chapéu branco)

Ourives (4) – Elisa ( Fato escuro e correntes de ouro)

Operário (6) – Ana Sofia (Fato macaco azul e boné)

Escrivão (5) – Daniel (Fato escuro e camisa, óculos e pena)

Ana Luísa e Ana Rita - Ajudantes para pôr e tirar cenários e para apresentarem o Relógio e o Calendário.


 

segunda-feira, 10 de maio de 2010


A Viagem de Vasco da Gama

Clica na imagem e aprende mais sobre esta grande aventura

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Expansão Marítima.

Ao longo do século XIV, toda a Europa atravessava uma grave crise económica. Portugal não era excepção. Todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida, mas a paz com Castela cedo definiu as fronteiras portuguesas. No entanto, o contacto com o mar fez-nos um povo de marinheiros e pescadores, atraídos pelo desconhecido. A situação geográfica de Portugal, a sudoeste da Europa, com a sua faixa litoral voltada para o Atlântico e com uma costa recortada com bons portos, era propícia à navegação.

O país voltou-se para o mar, Portugal lançou-se na Expansão Marítima.Nas primeiras viagens, realizadas com barcas, navegava-se junto à costa e os marinheiros não tinham grande dificuldade de orientação.
Utilizavam-se as cartas náuticas, onde se escolhia o destino, seguia-se o roteiro da viagem e mantinha-se o rumo com a bússola.

Cartas Náuticas

Bússola

Barca


Ouvia-se dizer que o mar engolia os barcos, que havia monstros...


Ordem Militar de Avis

Distintivo da antiga ordem militar de Avis é formado por uma cruz florida, de esmalte verde, perfilada de ouro.

Símbolo da Ordem Militar de S. Bento de Avis


terça-feira, 20 de abril de 2010

MAIS UM JOGO


Clica na imagem e descobre algumas das personagens relacionadas com a crise de 1383-1385 e depois diz à tua professora se conseguiste.


RESOLVE OS EXERCÍCIOS
clica na imagem


segunda-feira, 19 de abril de 2010

PESTE NEGRA


Em Portugal a peste negra entrou em 1348. (...) Sabe-se que foi uma espécie de “praga-relâmpago”. Em alguns meses (...) matou mais de metade da população portuguesa, e depois desapareceu. E foi exactamente assim em toda a Europa.
Como os campos ficaram abandonados, seguiram-se grandes fomes e o País mergulhou numa grave crise.

Naquela época a medicina estava pouco desenvolvida, as pessoas pensavam que a peste era um castigo enviado por Deus. Portanto, para terminar com o flagelo, a Igreja aconselhava que todos rezassem muito e se arrependessem dos seus pecados. (...)
Os médicos, que naquela época tinham o nome de físicos, deram explicações mais racionais para a doença, mas nunca descobriram que a origem estava nas pulgas dos ratos.

Para evitarem o contágio, usavam um traje especial: uma túnica de tecido grosso e felpudo, que tinha um cheiro intenso. Além disso, punham luvas também grossas e uma espécie de máscara em forma de bico de pássaro, furada para poderem respirar. Enchiam essa massa com ervas aromáticas, ou seja, plantas de cheiro intenso também.
A única medida aconselhada pelos médicos que tinha alguma eficácia era a utilização de vinagre na limpeza do corpo e da casa, pois o cheiro ácido afastava os insectos e, de certo modo, o vinagre desinfecta.
Mas a maior parte dos tratamentos eram bastante ridículos e variavam de país para país. (...)

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, " O Ano da Peste Negra" (adaptado)

CRISE DE 1383 - 1385

Clica na imagem e lê a descrição de Fernão Lopes sobre a crise.
Clica na imagem de D.João I e informa-te sobre a CRISE DE 1383 - 1385

terça-feira, 9 de março de 2010

ERA UMA VEZ UM REI

Clica na imagem e ouve as histórias dos nossos REIS e RAINHAS



Este livro pode ajudar-te a estudar. Vai à Biblioteca da Escola e lê-o.


segunda-feira, 8 de março de 2010



Clica na imagem e vê os reis da primeira dinastia






  • Clica na imagem e escolhe na barra lateral " A FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL" e depois é só ouvires a matéria que estamos a dar.

Uma Lenda do Castelo de Almourol


Como sei que os meus alunos gostam muito de lendas, aqui está uma sobre o belo

CASTELO DE ALMOUROL

c onta-se que algures no séc. XVI, duas damas de nobre linhagem, uma, Miraguarda, e a outra, Polinarda, tendo um dia ido visitar o castelo, ao tempo habitado pelo gigante Almourol, foram por este feitas suas prisioneiras. Bem tratadas, mas impedidas de saírem da custódia do gigante.

O noivo de Polinarda era Palmeirim, um heróico combatente que andava pelo mundo em busca de glórias que dedicava à amada. Ao saber do sequestro da noiva, Palmeirim de pronto decidiu regressar para resgatar Polinarda daquele cativeiro. Deparou-se, porém, com um árduo opositor, pois o Cavaleiro Triste, apaixonado por Miraguarda, defendia o castelo e guardava as damas cativas.

Palmeirim, desafiado para um duelo entre cavaleiros, não recuou. Bateram-se ao longo de horas e horas, sempre com as apaixonadas no pensamento. Exaustos, sem que se apurasse um vencedor, os cavaleiros decidiram suspender o combate para sarar feridas e recompor as forças e as armas.

Foi então que em seu socorro de Palmeirim veio um outro gigante, de nome Dramusiando, que o nobre havia convertido à sua fé durante as suas expedições pelo mundo. Com esta ajuda de Dramusiando, o recuperado Palmeirim alcançou enfim a vitória sobre o gigante Almourol e sobre o Cavaleiro Triste, que se puseram em fuga, abrindo mão das suas cativas.

Palmeirim pôde, finalmente, voltar aos braços da sua amada Polinarda e gozar o descanso do guerreiro mergulhado no prazer do amor, enquanto Dramusiando se tornou senhor do castelo e assumindo a guarda fiel às duas damas, Polinarda e Miraguarda.

A vida quotidiana no século XIII

Exercícios de revisão para o teste:

  1. Quais os grupos sociais existentes no século XIII?
  2. Qual a função do povo?
  3. Quais eram os grupos sociais privilegiados?
  4. Quais eram as principais actividades do clero, nos mosteiros?
  5. Para que servia o claustro do mosteiro?
  6. Neste século, quem possuía a maior parte das terras do reino?
  7. Como se chamavam terras dos nobres?
  8. Quais eram as actividades a que se dedicavam os nobres?
  9. Qual a vantagem para os nobres praticarem aquelas actividades?
  10. Como se ocupava a dama nobre?
  11. Quais eram as distracções dos nobres, ao serão?
  12. Como era a alimentação da nobreza?
  13. Como era a casa do nobre?
  14. Qual era a principal actividade do camponês?
  15. Como era a alimentação do camponês?
  16. Quais eram as distracções dos camponeses?
  17. Quais eram as obrigações dos camponeses?


Clica na imagem e diverte-te, aprendendo!


Clica na imagem e vê como é constituído um mosteiro


domingo, 7 de março de 2010

OS CONCELHOS


Clica na imagem e resolve o questionário. Depois diz à tua professora se conseguiste.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os Grupos Sociais

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About Me

Professora de História e Geografia de Portugal e de Língua Portuguesa na E.B. 2,3 Gaspar Correia